Escritos e escritos

Aos possíveis leitores destes meus impossíveis blogs que tenham recebido qualquer circular a propósito dos livros que eu escrevo ou da apresentação dos livros que eu escrevi, e que possam ter ficado com isso melindrados, julgando ser abuso valer-me da sua condição amiga de leitores para, qual vendedor de enciclopédias, lhes impingir a minha escrita, mil perdões se equívoco houve. Um dia em Paris vi um escritor desesperado que passeava um carrinho de bébé atulhado dos seus livros invendáveis, com um dístico comovente «um pai vende os seus filhos». Aqui não é o caso. Se eu fosse janela punha escritos a anunciar «aluga-se». Não o sendo, às vezes acontece assim, venho para a rua fazer «trottoir», a perna ao léu, na mira de que alguém se agrade.