O dia não

Poderia ter feito como tantas vezes faço. No dia seguinte, subreptício, escrevo um post com a data da véspera em que não escrevi. Coloco como hora o último minuto desse dia, para eu próprio deixar uma marca e um sinal do pecado da mentira, como a expiar antecipadamente por ele. Hoje faço-o sim, para dizer isso mesmo. A diferença desta vez é só uma: digo que o que aqui está é mentira. São oito da manhã do dia seguinte. O dia de ontem é, assim, como se não tivesse existido.