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José António Barreiros

Prazo um, fogo!

É bom estar em férias e poder sorrir...[aqui, na Patologia Social]
Escrito em segunda-feira, julho 18, 2011
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Trabalhos de reconstrução

Chamo-me José António Barreiros. Nasci em 1949. De vez em quando reformulo este blog que criei em Fevereiro de 2006. Começou por ser o único lugar onde escrevia, aos poucos foi-se tornando numa espécie de memória do que vivia. Para além disso, na lateral fiz constar a actualização dos blogs que subsistem ante os vários que criei e uma explicação da razão de ser de cada um. A diversidade não é um dom, sim uma tragédia que se tenta viver com ironia como uma farsa, cómica menos o parecer em excesso ridículo pelo horror ao banal, trocando tristeza por carinho.
Toda a biografia é uma ficção em que o autor é intérprete da sua personagem. É este o teatro da vida. Por isso esta escrita neste local não tem a vaidade de ser uma auto-biografia, pois para tal era necessário ter grandeza. É apenas um caderno de apontamentos de viagem. Alguns dos textos vieram do fundo das gavetas da memória, já escrita.
À medida que leio o que os outros escrevem sobre os defeitos alheios sinto pudor em não contar os meus horrores. Ser são, naquele sentido em que a decência de alma conta, tem sido uma processo diário de luta contra a adversidade, a começar pela interior, tantas vezes posta à prova.
Tomara que não existisse a íngreme vereda do desnorte a precipitar a queda, a parede gélida a que encosto a cobardia da indiferença. Seria como tantos herói na planície soalheira e bondosa em que os vejo viver. Loquazes, pontificais.
Aos 65 anos peço à vida a generosidade de me permitir encontrar modo de reparar o mal que à vida fiz.
Talvez por isso tenha mudado o perfil que acompanhou este espaço privado: a necessidade de nascer por mais algum tempo.

Porquê o plural na unidade?

Não sendo um desdobramento de personalidade, nem uma heteronímia, a pluralidade de blogs só pode ser a arrumação do meu ser em várias gavetas, uma tentativa de ordem no caos.
Alguns são óbvios pelo título, como os que dedico escritores como Irene Lisboa, Maria Ondina Braga, Clarice Lispector e Afonso Lopes Vieira. De outros infere-se o motivo pelo nome, como A Revolta das Palavras, onde fala o cidadão, preocupado com o destino da Nação que para si é Pátria e está hoje à mercê do Estado, ou o Patologia Social, onde escreve o jurista, não o Advogado, pois esse tem o dever de reserva e não se serviria deste lugar como bancada de pretório nem como esconso de lobby.
Há blogs que resultam do meu envolvimento com a Literatura e com as leituras em geral, como aquele que se chama com parte do meu nome, o António Rebelo da Silva, ou A Fantástica Livraria - lugar de alfarrábios.
Outros são escrita própria, como A Velha Mansarda, diário ficcional de uma criatura que poderia ser um outro eu, ou As Muralhas do Silêncio, ou o Passeio pelo Parque, que oscilam entre a prosa poética mais extensa ou o pequeno apontamento como se de pequena crónica se tratasse.
Criei um blog por causa do meu envolvimento na escrita sobre a guerra secreta em Portugal (1939-1945), o 24 Land, ou sobre o esotérico, como O Culto do Oculto, ou sobre a lei do eterno retorno, razão da vida e do renascer envelhecendo como A Reciclagem do Ser.
A Espantosa Língua é um blog de surpresa ante uma língua, a nossa, que não pára de nos abismar à medida que a conheço. A Geometria do Abismo, dediquei-o à filosofia portuguesa. Acrescentei outro para a minha leitura da obra de Dalila Lello Pereira da Costa.
A nova faceta deste blog começou quando criei, como lugar biográfico dois blogs: um, a que chamei O Ser Fictício, que é afinal o interior do ser real, outro, A Provisória Translação, em que iam surgindo, esparsos, momentos do que vi viver. Talvez se tenham esgotado na intenção.
Claro que há mais. Como me atrevi a editor há um que não listei na lateral, talvez por pudor, o Labirinto de Letras, que tem site próprio, aqui.
A multidão de blogs gera a ilusão de frequência reiterada e de tempo ilimitado. O real mostra que assim não é. Escreve-se como se vive, com intermitências e arranques, letargias e tempos de espera.
Tive blogs que apaguei, por raiva ressentida, por dor sincera, sem razão. De alguns ficaram sobejos recolhidos como sacos em armazém à espera de um dia.

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